miércoles, 18 de mayo de 2011

Danza y Música - un cuento

"La DANZA vivía en un claro del bosque. Tenía un cuerpo bonito y fuerte, con los miembros largos y flexibles. Su gran pasión era moverse junto con todo lo que la rodeaba. Pasaba el día entero atrás de los animales del bosque. Imitando su andar, se deslizaba como el agua del río, temblaba como las hojas de los árboles, sabía caer suavemente como la lluvia, podía saltar alto y lejos imitando el vuelo de los pájaros.
No podía moverse como el viento, solo porque no podía verlo. Ella corrió destrás de las brisas, se enfrentó con un huracán, pero no consiguió nada. Con el tiempo, esto llegó a ser una obsesión: todos los otros movimientos eran bonitos, pero ella quería danzar aquello que no se ve. Por eso estaba quieta y triste el día en que la MÚSICA la encontró.

La MÚSICA, que no tenía cuerpo, vivía en una grieta del viento, que la llevaba por donde quería, ya que conocía el secreto del movimiento del aire. Su mayor sueño era tener un cuerpo de verdad para poder andar sobre la tierra y tocar las cosas. Cuando vio la DANZA, quedó enamorada de ella. Pidió al viento que se detuviera, y le preguntó a la DANZA quien era y que es lo que hacía.

La DANZA, encantada con esa voz que le hablaba desde ninguna parte, le mostró lo que sabía hacer: imitó a un lince, hizo de pajarito en su primer vuelo, y por último cayó como una hoja desprendida de un árbol. La MÚSICA, cada vez más admirada, le preguntó como podía estar tan triste teniendo esas capacidades. Entonces, oyó la historia de las fracasadas tentativas de la DANZA de andar como el viento e imitar los movimientos que no se ven.

En ese momento la MÚSICA tuvo una idea magnífica, y le propuso a la DANZA que ella le enseñaría el secreto del movimiento del aire, y en cambio la DANZA le prestaría su cuerpo para poder hacer aquello que tanto quería.

La DANZA aceptó encantada, y en ese instante, la MÚSICA entró como una brisa en los oídos de la DANZA, y se quedó a vivir allí. Desde entonces, la DANZA y la MÚSICA viven juntas, y nadie consigue separarlas."

jueves, 14 de abril de 2011

LA IMPORTANCIA DEL ESPACIO

Una de las piezas más importantes para un grupo regular de Biodanza es la sala.
Allá se producirá la magia del encuentro, se crea un ambiente protegido y cuidado. Un entorno óptimo para la génesis de la  Vivencia. Ese instante único en el que el tiempo y espacio se estiran en un profundo ahora y aquí.

La sala es el laboratorio donde puedo mostrar el Yo como es, sin juicios y barreras, puedo dejar la diferencia entre tú y yo y convertirnos en nosotros. Donde nosotros nos diluimos para formar parte de todo mayor.

¿Se puede hacer Biodanza en un espacio abierto como un parque, el bosque o la playa?
Si, por supuesto que si. Eso propicia incluso una mayor conexión con la naturaleza y las fuerzas de la vida.

Se puede hacer Biodanza en cualquier lugar, en cualquier situación, con cualquier persona. 
Siempre que haya el objetivo común entre todos los participantes de potenciar las cualidades del ser humano.

Podemos dormir una noche en una tienda de campaña incluso podemos hacer por algunos días, pero no podemos vivir todas las noches así.
Lo mismo pasa con el grupo regular, este pide un poquito más. Requiere un cuidado extra.

Aquí no vamos hacer solo un baile. Vamos iniciar un proceso, una caminada hacia nosotros mismos. Y eso requiere un cariño especial pues el “yo” es muy sensible.
Necesitamos espacio para movernos con libertad, necesitamos calidez para sentirnos cómodos, necesitamos un buen equipo de música para dejarnos llevar por notas nítidas, y la ausencia de espejos para poder mirarnos mejor.

Biodanza trabaja con la optimización de la vida y necesitamos un espacio que vaya con este princípio.

martes, 29 de marzo de 2011

Comunicación a través de la mirada.

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A comunicação através do olhar
A linguagem não-verbal através do contato visual.

Na Biodança o primeiro contato é através do olhar e a partir deste momento ter a oportunidade de uma nova forma de comunicar-se, a comunicação não-verbal, que representa para a maioria das pessoas um grande desafio. Esta forma de comunicação universal esta cada vez mais esquecida pelas pessoas no mundo moderno e através da Biodança é possível resgatá-la. Com encontros, exercícios de comunicação em duplas, trios, quartetos, grupos em círculos, tendo uma música adequada como estímulo, pode-se perceber nos olhos dos companheiros um verdadeiro universo de emoções que no dia a dia somos incapazes de enxergar.
No primeiro momento fica muito difícil olhar, quem quer que seja nos olhos, por várias razões, entre elas, pela educação, repressões, religião e muito mais, sendo que cada pessoa tem a sua própria história de vida, alem de que o olhar é extremamente revelador, sob todos os aspectos, sendo muito difícil disfarçar um sentimento encarando alguém olho no olho.



Jean Paul Sartre sugeriu, certa vez, que o contato visual é que nos faz real e diretamente consciente da presença de outro ser humano dotado de consciência e intenções próprias. Quando os olhos se encontram, nota-se um tipo especial de entendimento de ser humano a ser humano. Uma moça que tomava parte em manifestações políticas declarou que fora advertida de que, caso enfrentasse um policial, deveria olhá-lo diretamente nos olhos. Disseram-lhe que, se ela conseguisse que ele a considerasse como outro ser humano, a possibilidade de ser tratada como tal seria maior. Em situações em que se exige uma intimidade mínima, por exemplo: quando um mordomo atende  a um convidado ou quando um oficial repreende um soldado, o subordinado deverá evitar o contato visual, mantendo seu olhar sempre para frente.
As diferenças interculturais relativas ao comportamento ocular são consideráveis e algumas vezes importantes. Os árabes, às vezes, chegam-se bem perto para conversar e se olham atentamente nos olhos enquanto falam. No outro vértice da escala estão as sociedades do Extremo Oriente onde se considera falta de educação olhar a pessoa com quem se está falando. Para os estadunidenses, o  olhar demorado dos árabes é irritante, mas evitá-lo definitivamente, como no Extremo Oriente, representa sintoma de doença mental, eles costumam mudar a direção do olhar ou simplesmente não encara o rosto. Também acham estranha a etiqueta dos ingleses uma vez que eles, a não ser que estejam muito próximos, fixam intensamente os olhos de seu interlocutor. E os ingleses também balançam menos a cabeça quando concordam, já que são suas pálpebras e o olhar fixo que mostram que estão prestando atenção.
A forma de se olhar em lugares públicos também varia de um país para outro, por exemplo: em Tel Aviv, os israelenses não consideram nem um pouco fora do normal encarar fixamente uma pessoa na rua. Na França admite-se que um homem olhe descaradamente uma mulher em público. Por outro lado, algumas francesas admitem que ficam aborrecidas nas ruas de Nova York,  porque se sentem como se fossem invisíveis. As  mesmas francesas se estivessem desfilando no calçadão de Copacabana no Rio de Janeiro se sentiriam invadidas o tempo todo, isto se fossem atraentes é claro.Cada povo tem a sua maneira particular de contato visual.
O comportamento ocular é talvez a forma mais sutil da linguagem física. A cultura nos programa desde pequenos, ensinando-nos o que fazer com os olhos e o que esperar do próximo. como resultado disso, quando alguém muda a direção do olhar e encontra ou não resposta de outrem, o efeito produzido é inteiramente desproporcional ao esforço muscular realizado. Mesmo quando o contato é efêmero, como geralmente é a soma do tempo dedicado a olhar a outra pessoa sempre transmite alguma coisa.
O movimento dos olhos, é lógico, indica aquilo que uma pessoa está vendo. Estudos sobre comunicação demonstram um fato inesperado, segundo o qual esses movimentos também regulam a conversa. Durante a troca diária de palavras, enquanto se presta atenção àquilo que estão dizendo, o movimento dos olhos proporciona um sistema de sinalização, que indica ao interlocutor quando é sua vez de falar.
Assim os olhos podem transmitir atitudes e sentimentos, os movimentos oculares podem também expressar a personalidade. Uns olham mais que os outros. Aqueles que, por natureza, são mais carinhosos, são capazes de olhar muito, do mesmo modo como aqueles que, segundo os psicólogos, sentem mais necessidade de afeto. Denominada também "motivação de amor", a necessidade de carinho é o desejo de se alcançar um relacionamento gostoso, afetivo e íntimo com as outras pessoas, necessidade que todos sentimos em maior ou menor grau.

 Este tema foi desenvolvido baseado em: 
1."A Comunicação Não-Verbal"
    Flora Davis
    Summus Editorial Ltda.
2."Você"
    Desmond Morris
    Ed. Círculo do Livro S.A.

lunes, 28 de marzo de 2011

El significado del toque

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O significado do toque

Será que as pessoas se tocam o suficiente? Sem dúvida, não. Entre nós, existe uma carência muito profunda daquilo que mais desejamos: tocar, abraçar, acariciar... E isso vem desde muito cedo. Estudos atuais mostram que, entre as causas menos conhecidas para o choro dos bebês, está a necessidade de serem acariciados. Muitas mães rejeitam um contato mais prolongado com seus filhos, com base na falsa suposição de que, se o fizerem, eles se tornarão profundamente dependentes delas. Não são poucos os pais que evitam beijar e abraçar filhos homens, porque temem que assim se tornem homossexuais. Mesmo dois grandes amigos se limitam a expressar afeto dando tapinhas nas costas um do outro, enquanto amigas trocam beijinhos impessoais quando se encontram.

A pele, o maior órgão do corpo, até há pouco foi negligenciada. Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afetaria o desenvolvimento do comportamento humano. A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar, que é o título de seu excelente livro, em que se baseia este artigo, é a principal dessas linguagens. Afinal, como ele mesmo diz, nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele. Como sistema sensorial, a pele é , em grande medida, o sistema de órgãos mais importante do corpo. O ser humano pode passar a vida toda cego, surdo e completamente desprovido dos sentidos do olfato e do paladar, mais não poderá sobreviver de modo algum sem as funções desempenhadas pela pele. Montagu acredita que a capacidade de um ocidental se relacionar com seus semelhantes está muito atrasada em comparação com sua aptidão para se relacionar com bens de consumo e com as pseudo necessidades que o mantêm em escravidão. A dimensão humana encontra-se constrangida e refreada. Tornamo-nos prisioneiros de um universo de palavras impessoais, sem toque, sem sabor, sem gosto. A tendência natural é as palavras ocuparem o lugar da experiência. Elas passam a ser declarações ao invés de demonstrações de envolvimento; a pessoa consegue proferir com palavras aquilo que não realiza num relacionamento sensorial com outra pessoa. Mas estamos começando, aos poucos, a redescobrir nossos negligenciados sentidos. O sexo tem sido considerado hoje a mais completa forma de toque. Em seu sentido mais profundo, o tato é considerado a verdadeira linguagem do sexo. É principalmente através desta intensa estimulação da pele que tanto o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contato pessoal e tátil. Mas até que ponto existe relação entre as primeiras experiências táteis de uma pessoa e o desenvolvimento de sua sexualidade? O autor acredita que, da mesma forma como ela aprende a se identificar com seu papel sexual, também aprende a se comportar de acordo com o que foi condicionado por meio da pele. Assim, o sexo pode ter uma variedade enorme de significados: uma troca de amor, um meio de magoar ou explorar os outros, uma modalidade de defesa, um trunfo para barganha,uma afirmação ou rejeição da masculinidade ou feminilidade, e assim por diante, para não mencionar as manifestações patológicas que o sexo pode ter, em maior ou menor grau de intensidade, são todas elas influenciadas pelas primeiras experiências táteis. Montagu acredita que a estimulação tátil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo mais crítico e livre de preconceitos.  
Texto extraído de reportagem baseada em material
cedido por Regina Navarro, pisicanalista e sexóloga e publicada
no Jornal "Diário da Região" de S.J.do Rio Preto(SP) em 26/12/1999.

miércoles, 23 de marzo de 2011

Efecto Terapeútico de la Biodanza

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O EFEITO TERAPÊUTICO DA BIODANÇA SOBRE O ESTRESSE PSICOLÓGICO.
Geny Aparecida Cantos; Rodrigo Schütz

1- O processo de homeostase.
O ser humano, por natureza, procura manter um equilíbrio de suas forças internas, com todos os órgãos, trabalhando em harmonia. Assim, quando tudo está bem, o coração pulsa com freqüência ideal e igualmente outros órgãos funcionam como "uma máquina calibrada" em perfeito equilíbrio biológico. O estado de equilíbrio dos vários sistemas do organismo entre si e do organismo como um todo e com o meio ambiente é chamado de homeostase.

Contudo, quando o equilíbrio for alterado por um agente estressor, ou seja, por qualquer situação que desperte uma emoção, boa ou má, isto constituirá numa fonte de estresse. Independente do fator que causou o estresse nosso corpo faz um esforço para adaptar à nova situação (Nahas, 2001). Se a reação for a favor, tem-se o estresse positivo (eustresse, com o grego elemento eu, "bom" mais estresse) e se desencadear um desequilíbrio no organismo ocorrerá o estresse negativo (diestresse do grego dys, por contraposição do elemento eu).

Para Hans Seley (1974), cada pessoa leva consigo uma capacidade de resistir ao estresse. A essa capacidade ele chamou de energia de adaptação e, segundo esse pesquisador, o indivíduo pode treinar seu organismo, de maneira a desenvolver tal energia, enfrentando melhor às situações de estresse. Mas cada um tem o seu limite e responde de forma peculiar a situações de estresse. As necessidades corporais variam de momento, conforme as influências e solicitações internas e externas. O que pode representar um grande problema para uns, pode ser gerenciado com tranqüilidade por outros. Reconhecer os primeiros sinais de tensão e então fazer algo a respeito pode significar uma importante diferença na qualidade de vida.

2. Efeitos fisiológicos do estresse psicológico
A estrutura e os conflitos intrapsíquicos, frutos de cada indivíduo, a personalidade e a sua história vida de cada um podem pode se constituir numa fonte de ameaças. Pode-se dizer que o estresse psicológico é possivelmente o estado emocional negativo resultante daquilo que as pessoas percebem que lhes ocasiona pressão emocional, e que excede, portanto, suas habilidades para enfrentá-lo.

Acredita-se que essa reação emocional dispara um conjunto de reações fisiológicas que suprimem as defesas naturais do corpo, tornando-o suscetível à produção de células anormais, devido a um desequilíbrio profundo mental, hormonal, orgânico e psicológico. Segundo a neurociência, os estados emocionais são acompanhados por reações das moléculas de emoção: os neurotransmissores e os hormônios. Assim, a nível fisiológico o estresse atua sobre a hipófise liberando o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), o qual tem uma ação sobre glândulas supra-renais (que ficam sobre os rins), fazendo com que elas aumentem a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol.
Numa situação de curto prazo, a adrenalina mobiliza a reação de lutar ou fugir, sendo que a taxa de glicose precisa ser elevada no sangue para que haja energia disponível durante este processo. O estresse se torna negativo quando não há tempo para recuperação do organismo, ou quando a pessoa reage de forma hostil às situações. Nos dois casos, quando a adrenalina não é suficiente o corpo precisa secretar cortisol.

A produção excessiva de cortisol prejudica um processamento da função cognitiva e também da criatividade, interferindo junto aos receptores que captam a memória, à medida que eles atravessam a sinapse. Em conseqüência as pessoas com uma produção excessiva de cortisol perdem a capacidade de assimilarem as informações. Adicionalmente, o aumento de cortisol leva a um aumento das necessidades nutricionais, podendo diminuir as quantidades de magnésio "um mineral calmante". Assim, quanto mais vulnerável for o indivíduo ao estresse maior perda ocorrerá desse elemento. Por outro lado, o magnésio é a "contra partida" do cálcio, e esses dois minerais, normalmente, mantêm o equilíbrio um do outro. Outros nutrientes como vitaminas C e E, que ajudam a proteger o cérebro dos radicais livres, também são esgotados em situação de estresse.

Via cortisol, o estresse, acelera também o metabolismo de carboidratos e de um neuropeptídeo Y, que motiva o desejo de consumir carboidrato. Esse mecanismo é a razão pela qual muitas pessoas excedem ao comer doces e alimentos contendo amido quando estão estressadas.

3. Saúde e doença
Nós somos um sistema composto de diversas unidades que são, ao mesmo tempo, autônomas e integradas entre si, fazendo parte de um conjunto maior. Nenhum sistema é independente do outro. Pode-se dizer que saúde seria quando o corpo, a mente e os sentimentos se inter-relacionam harmoniosamente e em equilíbrio com o meio ambiente em um processo contínuo de vida.

Contrapondo ao conceito de saúde, doença significa a perda relativa da harmonia ou então da perturbação dessa harmonia, que se manifesta na consciência e no organismo humano, sendo este sempre visto como parte da natureza, estando sujeito às forças naturais. Para Nahas (2001) toda doença é resultado da interação do agente agressor (alguma causa psicológica ou física) e a resposta do organismo. Assim, uma doença não é só um fato físico, e sim, um problema que diz respeito à pessoa como um todo: corpo, emoções e mente. Para Capra (1988) a doença é vista como um sinal de falta de cuidado da parte do indivíduo.

4. O sistema biodança e sua aplicação em desequilíbrios emocionais.
Nos dias de hoje, as áreas do conhecimento estão se relacionadas com a corporalidade e com o movimento humano consciente, de forma a processar interligações de atividades motoras e mentais. Nossa cultura valoriza demais o racional, estimulando muito os resultados analíticos como a capacidade de lógica, o pensamento, a palavra, de forma a gerar uma dissociação entre as capacidades perceptivas, a motricidade, a afetividade e as funções.

Costuma ser desafiante a tarefa de sugerir medidas gerais, de cunho psicossocial, que objetivem ampliar o nível de conscientização do indivíduo sobre seu modo de viver, sobretudo no que diz respeito ao estabelecimento de metas reais alcançáveis, de tal modo que possa fazer uma coisa de cada vez, melhorando à percepção de que certos hábitos de vida que deterioram a saúde. Contudo é de responsabilidade de cada um cuidar do seu corpo, (respeitando as normas sociais e vivendo de acordo com as leis do Universo). Isto significa que quanto mais o indivíduo procurar estilos saudáveis e prazerosos, mais isso se refletirá em sua vida de forma positiva, diminuindo o risco de doenças.

Nessa perspectiva, considera-se que há múltiplas formas de buscar essa harmonização, como tai-chi-chuan, meditação, orações, ioga, psicoterapia, reiki, exercícios físicos e outras formas como a prática de hábitos alimentares adequados, na prática de exercícios físicos. Contudo, um dos mecanismos eficazes de conseguir essa harmonia é por meio da biodança, onde se trabalha com parte que ainda permanece sã do indivíduo. A função terapêutica da biodança consiste num conjunto organizado, no qual cada uma das partes é inseparável da função da totalidade, sendo também um sistema holístico de trabalho com o ser humano, onde o indivíduo entra em contato com seus próprios recursos de auto-regulação e a cura vem de motivações internas carregadas de emoção.

Nesta abordagem multidimensional os problemas emocionais não são isolados do contexto mais amplo de sua vida. Reconhece-se que o organismo está em constante interação com seu ambiente natural e social. A concepção de saúde passaria por um processo de equilíbrio dinâmico, onde o organismo humano interage com o meio ambiente de forma natural e dinâmica.

Na biodança acredita-se que por meio das lentes da afetividade do mundo intrapsíquico a pessoa poderá valorizar de forma menos traumática os conflitos íntimos, suas frustrações e sentimentos de perdas. O indivíduo poderá ser conduzido de forma a se sentir amado e valorizado, cuidado e protegido e membro de uma rede de interações e comunicações que funcione de maneira franca e precisa. As cerimônias de encontro despertam a sensibilidade elevando qualidade da saúde, para desenvolver potenciais herdados geneticamente e restabelecer o vínculo afetivo nós mesmos, com o próximo e com a natureza.

Por outro lado, com a troca de calor e afeto, e ao som da música o corpo passa por uma dança de hormônios (substâncias produzidas por glândulas de secreção externa) e de neurotransmissores, de forma que o centro regulador límbico-hipotalâmico (centro das emoções e instintos) pode gerar entre outras coisas a resistência ao estresse e um melhor funcionamento dos órgãos internos.

Por meio dos movimentos e músicas vigorosas a noradrelina e dopamina (neurotransmissores) podem ter sua produção estimulada provocando uma reação adrenérgica no organismo, proporcionando energia e disposição. Carinhosamente podemos chamá-los de mensageiros da alegria. Porém durante os movimentos lentos e suaves, o parasssimpático é estimulado havendo maior produção de acetilcolina e a seratonina (outros neurotransmissores), levando o indivíduo a tranqüilidade. Por outro lado, os níveis de cortisol (hormônio) despencam, contagiando o cérebro e cada célula do organismo com uma sensação de conforto e felicidade.

Assim, por meio dos vários ritmos, as várias partes do cérebro "dialogam" pulsando e regulando e as pessoas vão se soltando e melhorando sua qualidade de vida, a qualidade das suas relações. Há um desbloqueio das energias estagnadas, aliviando as tensões musculares, diminuindo o estresse do dia-a-dia. Trabalhos realizados por Tadros (1994) e Cantos (2005) comprovam os benefícios da biodança contra a depressão e diestresse (estresse negativo), respectivamente. Há um abrandamento dos ritmos cardíacos e respiratórios e a tensão arterial diminui – quadro ideal para evitar doenças cardiovasculares e viver plenamente por muitos e muitos anos.

Considera-se ainda que quando a pessoa é tocada a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. A hemoglobina é à parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade.

Diga-se que na biodança o movimento é integrado, isto é, há uma união coerente entre sentimento, pensamento e ação e essa integração é importante para que haja o equilíbrio. Por meio da dança, da música e de movimentos específicos o indivíduo pode entrar em contato consigo mesmo, integrando o psíquico e o somático, de forma a interferir positivamente no seu pensar sentir e agir. E as danças são concebidas para induzir novas formas comunicação, estimulando expressão identidade, realizando uma reeducação afetiva, integrando a unidade orgânica e induzindo processos de expansão da consciência. O processo de indução de vivências integradoras promove o encontro e a experiência humana com os próprios genéticos, provocando mudanças no sentir, pensar e agir das pessoas que participam. Esse processo de renovação, por meio da vivência, (re) conduz o participante ao papel de principal personagem da sua própria vida, fortalecendo sua identidade, ao mesmo tempo em que desenvolve sua vinculação com a espécie. Somos todos iguais, nas emoções, nos desejos, na alegria e no sofrimento.

E a conquista do bem estar dependerá das sementes plantadas por cada um. Na maioria das vezes as pessoas têm liberdade de escolha, e pode definir os rumos de sua vida. Mas como se pode conseguir isso? Uma forma é poder olhar para os seus próprios sentimentos e perguntar, com sinceridade, o que está causando este problema interior. É muitas vezes reconhecer as próprias limitações, reconhecendo e aceitando a si mesmo. E depois é buscar alternativas que possa mobilizar para encontro da serenidade, começando a procurar por aquilo que melhor, experimentar alguns dos prazeres mais sutis da vida.

Somente com a mente aberta para essa possibilidade, é que será possível transformar situações desagradáveis em grandes descobertas. E os erros poderão transformar-se em uma fonte de aprendizado e de compreensão com as imperfeições alheias.


Referências
BRANDÃO M. L. Psicofisiologia. Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 200 p, 1995.
CAMBRAIA, Rosana Passos Beinner. Psychobiological aspects of feeding behavior. Rev. Nutr, v.17, n.2, p.217-225, 2004

CANTOS, G.A. et al.
Biodanza como nova abordagem terapêutica para pacientes com problemas cardiovasculares. Rev. Pensamento Biocêntrico, v. 2, p. 5-10, 2005.

CAPRA F. Sabedoria incomum, Ed. Cultrix, São Paulo, SP, 1988.

CARPER, J. - Seu cérebro milagroso. Ed. Campus, Rio de Janeiro: 2000.

COHEN, S. & WILLIAMSON, G.M. Stress and infectious disease in humans. Psychological Bulletin. v. 109, p: 5-24, 1991.

DETHELEFSEN T & DAHELKE R. A doença como caminho, Ed. Cultrix Ltda, São Paulo, SP, 1983.

GÓIS, C.W. Identidade e vivência. Fortaleza: Gráfica, Ceará Fortaleza, 2002

FLORES, F. E. V. Educação biocêntrica: aprendizado visceral e integração afetiva.
Ed. Evangraf. Porto Alegre RS, 2006. 117p

HUDDEL, H.; LANGEWITZ, W.; SACHACHINGER, H.
et.al. hemodynamic response patterns to mental stress: diagnostic and therapeutic implications. Am. Heart. J., v.116, p.617, 1998.

KHALSAL D.S Longevidade do cérebro , Ed. Objetiva Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 1997.

LIPP, M & ROCHA, J.C. Stress, hipertensão arterial e qualidade de vida Ed. Papirus, São Paulo, SP, 1996.

LOMANIKE, L. Dança como contribuição para a qualidade de vida. In: Informe Phorte, São Paulo: Phorte. v. 3 n. 9, p.12-13, 2001

NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. 2. ed. Modiograf, 2001. Londrina-PR, 238p.

ROSEIN, G.E., DUTRA, R.L., SILVA, E.L. et al. Influência do estresse nos níveis sanguíneos de lipídios, ácido ascórbico, zinco e outros parâmetros bioquímicos.
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SAÉZ G.T.;TORMOS C., GINER V; et al. Factors Related to the Impact of Antihipertensive Treatment in Antioxidant Activies and Oxidative Stress by-Products in Human Hypertension.
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SELEY, H. Stress – a tensão da vida, Ibrasa, São Paulo, 1959.

TORO, R.A. Biodanza. Ed. Olavobrás, São Paulo-SP, 2002. 157 p.

VECCHIA, A.M.D. Educação integrada à vida.
Ed. Design, Pelotas RS, 2002, 130p.

sábado, 29 de enero de 2011

Biodanza con parejas embarazadas

Un camino para la conexión con el cuerpo y la expresión de las emociones a través del movimiento y la música.
El embarazo, Es un viaje que transforma por completo toda la vida de las personas que se aventuran en el, con una secuencia de cambios físicos, relacionales y de valores internos.
...
Si estamos en sintonía con nosotros mismos, es más fácil reconocer lo que está cambiando y aceptarlo, para poder, desde el amor, comunicarlo al mundo. Así nos relacionamos de una forma más fácil, creando un entorno más ecológico y armónico.


La propuesta de Biodanza es un trabajo corporal en el que, a través del movimiento, buscamos contactar con los sentimientos. No es un tipo de baile pues no busca la estética y si una danza. No es un movimiento libre pero dentro de un marco es único y singular como lo somos cada uno.

Relación grupal: Crear nuevos vínculos afectivos en los que poder sentirse acompañados y poder compartir el viaje del embarazo.

Conexión con el cuerpo: Las emociones se expresan desde el cuerpo, si lo escuchamos podemos estar más integrados y mas plenos sin dejarnos arrastrar por la censura mental.

Refuerzo de la nueva identidad: reconocer y dar voz a los cambios existenciales. Reconocer mis nuevas cualidades y no tener vergüenza de expresarme (liberar la voz).

Familia ecológica: rodearnos de gente que nos cuida y protege creando un entorno de relacionamiento saludable. No siempre coincide con nuestra familia biológica.

El niño interior: Recontactar con esa parte que se deja asombrar, sorprender e ilusionar facilita luego la comunicación con el bebé.

Pareja ecológica: Diferenciar los roles sociales de los instintos. Los instintos primarios de lo masculino y lo femenino. La sexualidad como un espacio envolvente más que como un acto.


Fernando Eick
Centre Marenostrum calle fontanella 16 pral, Barcelona
Charla presentación: Miércoles 9 Febrero
Clase abierta: Jueves 10 Febrero 20:30 a 22:30
Actividades gratuitas
Grupo semanal: Jueves 17 Febrero 20:30 a 22:30
Precio 80€ parejas, 60€ solo/a.

Importante confirmar asistencia:
Tel: 695.269.300